quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Soneto de Danilo del Monte

 

 

 

COMO UM SONETO


É como um soneto que não sai.
É como se não brotasse a semente.
É como se houvesse em minha mente
Um verso pendurado que não cai.

Triste, penso em tudo que me sai
Antes mesmo de me ser equivalente.
É feito uma alegria de aguardente
Que vem rápido e rápido se vai.

Tudo que busquei com tanta ansiedade
Se partiu, me abandonou sem piedade
E a vida hoje me trata com desdém.

Aprendi, contrariado, a verdade,
E hoje sei que essa tal felicidade
É com um soneto que não vem.


Danilo del Monte



Nota: Imagem adicionada  pelo Centelha Virtual.

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